Bom, nosso tema de hoje veio à tona quando um dos leitores do blog, o Rodrigo, disse num dos comentários sobre as modinhas que: “(...)tenho notado também que o homosexualismo tem aumentado muito entre adolescentes e jovens (opnião compartilhada por diversos especialistas) influenciados DIRETAMENTE pelas chamadas modinhas, claro que isso não vem ao caso! (...)”. Ah, não, vem ao caso sim. Tanto que acho que vale mesmo um tema para debate. E não, não estou ralhando com o menino por ter uma opinião diferente da minha. Eu só vou fazer o seguinte: mostrar o porquê de eu descordar do que foi dito. Assim, os demais ouvintes podem fazer o mesmo em relação a mim e com várias opiniões se constrói o programa (“Ou o barraco, como eu costumo dizer!” Porra, Tititi!).
Pois bem, meu primeiro pensamento (que eu até postei) foi: “Ah, então ser hétero era modinha também”. Afinal, se o comportamento de um grupo determina a sexualidade de uma pessoa, antes a moda era ser hétero, mas agora isso caiu em desuso, certo? Eu não acho. Penso o seguinte: há uma aceitabilidade por parte dos novos jovens e adolescentes muito maior em relação à diferentes orientações sexuais. Seja por influência de uma musicalidade mais sensível ou por simples amadurecimento das gerações com o passar do tempo. Note que eu realmente acho que um grupo pode ser incentivado a ser mais sensível, mais receptivo, mas não mais gay.
Primeiro porque o que eu digo e repito sempre no meu outro blog e programa, o T!, é que a sexualidade é muito mais uma soma de fatores mentais do que físicos. Não é algo que se possa mudar como um corte de cabelo e as cores das calças jeans. É algo muito mais profundo que, acreditem, não pode ser mudado por pura vontade. Afinal, muitos gays que sofrem preconceitos poderiam fazer o caminho inverso e rapidamente se tornar heterossexuais em prontidão. Pergunto aos meninos e meninas héteros que leem o programa se conseguiriam se relacionar com alguém de outro sexo por vontade própria — digo, sentindo atração e prazer. Se conseguirem, não será uma satisfação plena. Muitos homossexuais do passado viveram assim para se adequar à normais sociais. (“Essa gente limitada...”)
Então, um grupo que tem maior aceitabilidade quanto a essas diferenças faz com que as pessoas se sintam mais à vontade para experimentar sua libido de diferentes formas. Quer dizer, não há mais gays hoje do que ontem. Para começar, há mais gente de modo geral! O que acontece é que muitas pessoas agora conseguem se aceitar e demonstrar seus afetos de diferentes formas por não ter restrições onde realmente mais dói: o grupo de amigos. Afinal, quando em casa algo é um problema, você precisa de amigos na rua para ajudar a lidar melhor, ou eu estou viajando?
Mais uma coisa, que reforça meu argumento do último programa: modinha existe porque muita gente se vê representado nos ídolos e naquilo que é dito por eles. Bem, que eu saiba nenhum dos nossos “ditadores da moda” tem membros gays assumidos, até onde eu sei (o que é muito pouco, por sinal). Nem das bandas mais antigas, como Fresno, NX Zero, Blink-182, My Chemical Romance e mais uma sorte delas, listei algumas por listar. Por mais que a sociedade entenda o comportamento deles como pouco “másculo”, eles não possuem a orientação de gays. Pelo menos abertamente, que é o que conta, nesses casos. (“Ah, sim, porque em casa eu sei que esse povo todo senta... Para de me recriminar, Tiano!”)
Para terminar, deixo exemplo de coisas que eu vi (“Quero conhecer os especialistas do Rodrigo, devem ser da Veja!” Tititi, CHEGA!). Já vi, sim, homens héteros que beijaram outros homens por experiência. Fizeram-no talvez induzidos pelo comportamento de grupo, ou por se sentirem à vontade para fazer. Mas não era sua orientação sexual, não sentiam prazer e atração. Não deixaram de ser héteros por causa de uma moda, mas se permitiram o teste. Era mais mecânico e curtição, como muitos gays e lésbicas que saem com heteros.
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